SISTEMAS E CERIMÔNIAS: UMA VISÃO FAMILIAR DOS RITOS DE PASSAGEM
Os Ritos de passagens são normalmente associados a momentos emocionalmente críticos da vida familiar. A convenção nas ciências sociais colocava o foco primário na cultura que o proporcionava ou nos indivíduos que o estão passando, onde o papel da família era quase sempre visto como secundário.
O terapeuta Edwin com seu 20 anos de experiência como clérigo e terapeuta familiar, teve uma percepção diferente do papel das famílias nos ritos de passagens, para ele é a família que está fazendo a transição para um novo estágio de vida naquele momento ao invés de um membro específico.
Mudando-se o foco primário para a família, é que nos permite ver o enorme poder terapêutico das crises familiares naturais. Salienta que os períodos que cercam os ritos de passagem funcionam como “dobradiças do tempo” possibilitando que todos os sistemas familiares destrancam-se nos períodos que antecedem e seguem a tais eventos, ou talvez eles sejam a consecução ou a culminação de processos familiares que já se encaminhavam para esse final há algum tempo. Eles sempre indicam movimento.
Três ritos que inibem a formação de uma visão de processo familiar:
- que a família está entrando em colapso;
- que a cultura determina o processo familiar de maneira fundamental;
- que o rito de passagem é o mesmo que o celebra.
O colapso da família
Um grande índice de divórcios apontam para a noção de que a família está entrando em colapso pelo distanciamento promovido e pelo tipo de sociedade que é bastante móvel.
Os eventos nodais na vida familiar possuem uma quantidade absolutamente arrebatadora e não são capazes de transcender as distâncias imensas.
Outra razão para confundir a distância física com o potencial emocional, pois nem sempre os mais distantes são menos reativos em questões emocionais.
São especialmente aqueles relacionamentos mantidos pela distância, que irão aflorar com toda a intensidade