Sistemas MRP
Segundo Slack et al. (1996) apud Souza (2003) o MRP (Material Requeriments
Planning), ou seja, o cálculo das necessidades de material, surgiu na década de 60 com o objetivo de auxiliar as empresas no cálculo da quantidade de um determinado produto e em que momento deveria ser produzido tal quantidade.
Para o cálculo da necessidade de material era utilizada uma lista de materiais (BOM
– Bill of Materials) e determinados produtos eram compostos por muitos itens, o que dificultava o cálculo. Porém, com o advento de sistemas computacionais capazes de executar tal cálculo, o uso do MRP foi difundido no final dos anos 70 e princípio dos anos 80.
Sendo assim, o objetivo do MRP é executar computacionalmente a atividade de planejamento das necessidades de materiais, permitindo assim determinar, precisa e rapidamente, as prioridades das ordens de compra e fabricação.
Os objetivos principais dos sistemas de cálculo de necessidades são:
Permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos clientes com mínima formação de estoques, planejando as compras e a produção de itens componentes para que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessárias, nem mais, nem menos, nem antes, nem depois (CORRÊA & GIANESI, 1993).
Os gerentes de produção utilizam o MRP com o objetivo, de acordo com Gaither e Frazier (2001), de melhorar o serviço ao cliente, de reduzir investimentos em estoques e de melhorar a eficiência operacional da fábrica.
1.1. Conceitos usados no MRP
O sistema MRP foi concebido, segundo Swann (1983) apud Moura Júnior (1996), a partir da formulação dos conceitos desenvolvidos por Joseph Orlicky, que afirma a existência de itens em estoque divididos em duas categorias: itens de demanda dependente e itens de demanda independente.
Itens de demanda independente são aqueles itens cuja demanda não depende de nenhum outro item. Itens de demanda dependente, cuja demanda depende de outro algum outro item. Sendo assim, os