Sistemas energeticos
Em uma corrida de velocidade, o atleta deve se concentrar em conseguir manter a velocidade máxima. Nessas corridas sabemos que são períodos curtos e de altíssima intensidade, variando em torno de 11 segundos. Até o tempo aproximado de 3 min., o nível de consumo de oxigênio fica abaixo do que é necessário para fornecer todo o ATP exigido no exercício (déficit de O2). Sendo assim, é fácil de observar que o sistema aeróbio contribui pouco para as provas de velocidade, sendo o sistema de fosfagênios e da glicólise anaeróbia os mais atuantes, ficando assim responsáveis pelo maior fornecimento de ATP exigido.É confirmado que são baixos os valores nos níveis de fosfocreatina e o grande acúmulo de ácido lático na corrente sanguínea observados nos atletas após a corrida.
Corrida de 1500 mtrs
No momento de largada, o atleta sai de um estado de repouso para um estado de certa intensidade; isso leva o organismo ao déficit de oxigênio, sendo esse primeiro momento (largada) como o momento onde o sistema anaeróbio (fosfagênios e glicólise anaeróbia) predomina sobre o sistema aeróbio. Por volta dos 3 min. de prova, o atleta entra em um momento estável, onde o atleta mantém um ritmo constante de corrida; neste momento, as adaptações bioquímicas e fisiológicas já se realizaram (fornecimento de ATP pela contribuição dominante de oxigênio), portanto, o sistema aeróbio (Glicólise Aeróbia, Ciclo de Krebs e Sistema Transportador de Elétrons) irá predominar sobre o anaeróbio. Próximo ao final da prova (3º momento: chegada), o atleta aumenta a intensidade do seu ritmo de corrida fazendo com que o sistema anaeróbio volte a predominar como principal fonte energética. Vale comentar que se o atleta começar muito cedo o “pique final”, mais cedo o sistema anaeróbio irá atuar e maior será o acumulo de ácido lático no sangue, ocasionando assim uma fadiga precoce.