sistemas de Ética e a Política no Brasil
A maior seca do sertão nordestino dos últimos cinquenta anos, nos traz em sua face problemas de proporções inimagináveis, mas, que nos remontam a tempos antigos. “O sertanejo é antes de tudo um forte”. (Frase de Euclides da Cunha). Será que o nordestino embasado na ética da providencia se acostumou a contentar-se com a bolsa estiagem providenciada pelo governo federal todo ano no período da seca? Será também que o Sertanejo acredita que a seca é um mal infligido pela natureza e que deve suportá-lo com ânimo e fervor esperando dias melhores? Será ainda que aceitam a ideia de que as bolsas emergenciais do “Ministério da seca no Nordeste”, são frutos do cuidado que esses espertalhões do planalto têm com os flagelados do Sertão? As respostas para essas perguntas parecem ser simples. Difícil mesmo parece ser a solução para os problemas relacionados à grande seca.
Olhando sob a ótica do sistema de ética deontológico, vamos descobrir que os dez Mandamentos condenam com veemência a política do descaso às constantes mazelas vividas pelo povo brasileiro. Os operadores desse Sistema seriam enquadrados em pelo menos duas regras de moralidade: Não Matarás e Não Roubarás. Evidenciado claramente pela reportagem quando diz: Carcaças de animais pelo chão, Solo esturricado e os Rostos mumificados antes da morte física. “Teríamos ai motivos suficiente para condenarmos ao fogo eterno” toda essa turma de paletó e gravata? Para muitos a resposta será afirmativa.
Refletindo sobre a polêmica que envolve a transposição do rio São Francisco, lembro-me do sistema de ética Teleológico. Pois ao contrário do que prega esse sistema, os constantes resultados efetivos dos desvios de recursos destinados a esse projeto, não tem sido considerado uma coisa errada. Não que a maioria das pessoas deixe de fazer juízo de valor a esses atos, mas sim porque uma minoria se posiciona a respeito deles. Seria o caso aqui de dizer que Robin Hood estaria agindo de maneira correta quando roubava de