sistemas de Produção
ISSN 2178-9568 (on-line)
ARTIGO
Do Sistema Fordista ao Sistema Hyundai: uma análise comparativa entre quatro sistemas de produção oriundos da indústria automotiva
Paulo André Marques Lobo
Disponível on-line em <http://www.machadosobrinho.com.br/revista_online/index.php>
RESUMO: O presente trabalho trata-se de uma breve revisão sobre os sistemas de produção
Fordista, Toyota, Volvo e Hyundai, comparando-os e refletindo acerca de suas similaridades e diferenças. Também será feita uma análise acerca das hibridizações que ocorreram ao longo do desenvolvimento da indústria automotiva.
Palavras-chave: Sistemas de Produção, Indústria Automotiva, Flexibilidade de Sistemas.
INTRODUÇÃO
O ano de 1885 marca o nascimento do automóvel, quando Benz e Daimler apresentaram o primeiro carro a motor de combustão interna. Desde então os industriais do setor automotivo aperfeiçoaram seu processos e produtos, sempre estabelecendo princípios, procedimentos e métodos que terminaram por configurar um específico sistema de produção.
Sistemas de produção representam um tipo de padronização de processos de trabalho, por vezes mais flexível, por vezes extremamente rígido, em geral são sistemas que carregam como herança métodos e princípios de sistemas anteriores, embora em certas ocasiões novos sistemas possam levar quase à extinção sistemas mais antigos, como o sistema norte americano de produção em massa (do qual faz parte o Sistema Fordista), que praticamente extinguiu o sistema de habilidades, tradicional (Houndshell, 1984).
Por outro lado os sistemas não se extinguem por total, embora o Sistema Fordista não seja mais a regra na indústria automotiva, parte de seus princípios foram absorvidos pelos sistemas criados posteriormente e, em sua forma pura, ainda é válido para indústrias em que as demandas são próximas ou superiores à capacidade produtiva, os produtos são padronizados e há mão de obra abundante e mesmo o sistema de habilidades tradicionais não