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“Navegar é preciso, viver não é preciso”. Pompeu, general romano, I a.C.
“Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo (e a minha alma) a lenha desse fogo...” Fernando Pessoa, Palavras do Pórtico.
Observe essas duas citações: embora pareça que o general e o poeta digam o mesmo, há uma diferença fundamental. Para Pompeu, a frase é clara: diante dos marinheiros temerosos de enfrentar a tempestade e a guerra, o general é incisivo: é preciso navegar e até enfrentar a morte. O termo usado é o verbo “precisar”: os marinheiros precisam navegar, mesmo com o risco de morrerem. Para Fernando Pessoa, não se trata de viver apenas, mas de viver a vida humana em sua grandeza, em sua dimensão de criação. Nesse caso o termo “preciso” não é um verbo, mas um adjetivo: a vida não é algo “exato”. Ou seja:
* A navegação é precisa porque depende de instrumentos, de mapas, que levam os navegantes ao porto seguro; * A vida não é precisa porque não há roteiros, receitas nem modelos para bem viver com grandeza; cada um de nós está diante da liberdade de escolher caminhos, para o bem e para o mal; a vida navega nas águas da liberdade.
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Os valores
Diante de pessoas, coisas e situações, estamos constantemente fazendo avaliações:
“Esta caneta é ruim, pois falha muito” (valor de utilidade) “Esta moça é bonita” (valor de beleza) “Acho que João agiu mal não ajudando você” (valor moral – bem e mal) “Prefiro comprar este , que é mais barato” (valor econômico)
* Juízos de realidade – quando partimos do fato de que a caneta e a moça existem;
* Juízos de valor – quando lhe atribuímos uma qualidade que mobiliza nossa atração ou