Sistemas de governo
Adota o Estado partidário contemporâneo três sistemas principais de partidos: o bipartidário, o multipartidário e o partido único. Este último mais frequente nos regimes totalitários.
O sistema bipartidário, e considerado por alguns escritores políticos como o sistema democrático por excelência em matéria de organização partidária. Entende Field que nenhum outro sistema há mais aberto a participação direta, imediata, efetiva e influente do leitor na escolha dos governantes quando este, arraigado, quer no gosto, quer na preferência dos cidadãos, em aqueles países onde tradicionalmente o perfilham as instituições.
O sistema bipartidário tem algo que corresponde a um traço natural de divisão política da sociedade, conforme assinala Duverger, o qual observa que se nem sempre há um dualismo de partidos, “quase sempre há um dualismo de tendências”.
A oposição cabe, por conseqüência, lugar todo especial no sistema, visto que ela e potencialmente o governo em recesso, a forca invisível, fora do poder, mas pronta já para assumi-lo a qualquer instante desempenhando assim função necessária e indispensável a caracterização democrática do sistema.
Seria deplorável equivoco supor que o sistema bipartidário significa literalmente a existência apenas de dois partidos. Não. É possível que vários partidos concorram as urnas, mas o sistema tecnicamente se acha de tal forma estruturado, que só dois partidos reúnem de maneira permanente a possibilidade de chegar ao poder.
No caso do Estado Unidos, a rigidez bipartidária e de tal ordem que nenhum pequeno partido veio jamais a se converter num grande partido e vice-versa: não há noticia de nenhum grande partido que haja passado a condição de pequeno partido.
Formam os dois partidos, conservadores e republicanos, a espinha dorsal da política americana e ostentam admirável flexibilidade, bem como invulgar poder de acomodação, a ponto de haverem sido comparados por um jornalista americano a duas garrafas