Sistema Urinario
O filme conta a história de um operário e uma jovem. O primeiro (Charles Chaplin) é um operário empregado de uma grande fábrica. Esse operário desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos. De tanto apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado, perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o que se parece com parafusos, como os botões de uma blusa, por exemplo. Ele é despedido e, logo em seguida, internado em um hospital. Após ficar algum tempo internado, sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de estafa que a vida moderna impõe: a correria diária, a poluição sonora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as multidões nas ruas, o desemprego, a fome, a miséria...
Como em todas as suas obras Chaplin aponta bastante para as situações reais do mundo em que vivemos, e como sempre a história da humanidade deixa traços para trás, o filme tempos modernos mostra exatamente o que é o abusivo regime trabalhista, onde na época as pessoas trabalhavam muito e ganhavam bem pouco. Mostra a extrema diferença entre a classe trabalhadora e os burgueses em geral, deixando em forte evidência a exploração através de exagerada carga horária de trabalho, produção apenas aumentando, e as condições subumanas a que essas pessoas eram expostas nos seus locais de trabalho. Mostra que essa luta por carga horária menor aumento de salário e boas condições para trabalhar não existe há pouco tempo, mas desde a Revolução Industrial. O filme salienta bastante que a exploração era grande para que a produção aumentasse, mas que o salário que essas pessoas recebiam pelos seus trabalhos muitas vezes nem sequer podia pagar o preço do produto que produziam, o que sem dúvida podia ser considerado como algo bem injusto. Também fala um pouco a respeito da troca de trabalho humano pelo trabalho de máquinas, onde haveriam muitos dispensados após adotarem a esse método de trabalho. Não é tão diferente nos dias de hoje,