Sistema transdermico
INTRODUÇÃO
A via transdérmica é uma forma galénica que consistente em um reservatório com princípio ativo que se liberta lentamente ao aplicar sobre a pele. Seu objetivo é que o fármaco passe à circulação sistêmica através da pele e não a atividade do fármaco na própria pele. Esta via de administração de fármacos recebe o nome de via percutânea ou via transdérmica.
O desenvolvimento de sistemas transdérmicos tem suscitado interesse crescente nas últimas décadas, uma vez que alguns fármacos foram desenvolvidos com sucesso, utilizando esta via, quer direcionados para uma ação local, quer para uma ação sistêmica (Flynn, 1990).
A maioria dos fármacos que são utilizados no tratamento de problemas dermatológicos tem como local de ação os tecidos mais profundos da pele. Assim, o fármaco necessita permear o estrato córneo para chegar ao seu local de ação. Desse modo, a utilização clínica de fármacos por esta via está limitada pela capacidade destes ultrapassarem a barreira da pele. Esta impermeabilidade da pele devido ao estrato córneo afeta também os sistemas transdérmicos desenvolvidos para uma ação sistêmica, podendo causar variações individuais e imprevisíveis da liberação do fármaco a partir de sistemas transdérmicos de, por exemplo, nitroglicerina e estrogênios, entre outros.
A promoção de permeação de fármacos através da pele pode ter os seguintes resultados (Matsuda, Arima, 1999): melhoramento da liberação do fármaco a partir de preparações farmacêuticas transdérmicas; aumento do fluxo de fármaco através da pele ou retenção de fármaco nesta; aumento da liberação localizada, tópica ou dos tecidos alvo através da pele. Com o objetivo de, por um lado, ultrapassar os problemas devidos à impermeabilidade da pele e à variabilidade biológica e, por outro, de aumentar o número de fármacos candidatos ao desenvolvimento de medicamentos transdérmicos, vários métodos para remover reversivelmente a resistência desta barreira da pele têm