SISTEMA OPERACIONAL
Para o vice-presidente da Associação de Pais e Professores (APP) do Instituto Estadual de Educação, Carlos Danilo Moreira Pires, trata-se de uma iniciativa que deve ser antecipada de medidas conscientizadoras sobre educação sexual. Pires acredita que debates, palestras e orientações sobre o tema entre pais, alunos e professores são fundamentais para evitar possíveis problemas.
– A precaução é importante, mas a implantação dessa máquina sem a devida orientação pode incorrer em um erro pior do que não tê-la. É preciso criar mecanismos não para dificultar, mas para que haja a distribuição com consciência – declara.
A discussão sugerida por Pires é defendida também pelo secretário estadual de Educação, Silvestre Heerdt. Segundo ele, a comunidade escolar precisa ser ouvida para saber se pais e alunos estão de acordo com o projeto antes de colocá-lo em prática.
– Disseminar a cultura do uso do preservativo para evitar males maiores é válida, mas não podemos fazer isso afoitamente porque pode ser que estejamos estimulando o sexo prematuro – salienta Heerdt.
Ainda não foram definidas as escolas que receberão as máquinas, mas três cidades já estão confirmadas: Florianópolis, João Pessoa e Brasília. Os alunos terão uma matrícula e receberão da escola uma senha para terem acesso gratuito aos preservativos.
De acordo com a assessora técnica Nara Vieira, da Unidade de Prevenção do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o objetivo é ampliar o acesso de adolescentes e jovens aos preservativos, que muitas vezes ficam constrangidos em adquirir. Outra intenção é incentivar o debate sobre a sexualidade nas escolas por serem espaços de socialização e onde temas como estes aparecem no cotidiano dos adolescentes.
– O nosso papel é pensar em políticas que dão subsídios