Sistema Monetário Internacional
Os avanços da economia mundial e a incorporação de novos povos ao mundo dito "civilizado" verificaram-se com intensa desigualdade entre os países e uma maior interdependência entre eles. Essa maior articulação entre as economias: pelo comércio, setor financeiro e produtividade industrial só poderia ocorrer através de algo comum, a moeda, que harmonizasse minimamente as trocas, daí surgindo a necessidade de um Sistema Monetário Internacional.
Relaciona-se a existência do Sistema Monetário Internacional ao conceito de hegemonia mundial. Para alcançar os objetivos propostos analisa-se o padrão ouro clássico, o período entre guerras e o padrão ouro-dólar. O primeiro Sistema Monetário Internacional, o padrão ouro-clássico vigorou de 1870 a 1914. Nesse período, Inglaterra era a potência econômica líder e as outras nações alinhavam-se (ou tinham que se alinhar) às diretrizes da política inglesa para atingir sucesso econômico.
O PADRÃO OURO-CLÁSSICO
O padrão ouro clássico como qualquer Sistema Monetário Internacional tem como objetivo básico o equilíbrio interno e externo da economia. Neste padrão, a responsabilidade para atingir tal equilíbrio era dada ao Banco Central, que deveria preservar a paridade oficial entre as moedas e o ouro. Para manter esse preço, o Banco Central precisava de um estoque de moeda suficiente em reservas de ouro. O equilíbrio externo caracterizava-se como uma situação em que o Banco Central não estava ganhando ou perdendo ouro pois os superávits ou déficits do balanço de pagamento tinham que ser financiados por embarque de ouro entre os bancos centrais. O padrão ouro contém mecanismos automáticos (mecanismos de mercado para os liberais) para alcançar o tão desejado equilíbrio simultâneo do balanço de pagamento por todos os países, sendo o mais importante deles o mecanismo do fluxo de preço em espécie reconhecido por David Hume, filosofo escocês, para contrapor-se às posições mercantilistas.
O PADRÃO