Sistema financeiro e monetário internacional
As características do sistema monetário internacional (SMI) em cada período da história são: a forma da moeda internacional; o regime de câmbio; e o grau de mobilidade dos capitais. Uma quarta característica fundamental, nem sempre ressaltada pela literatura, é a dimensão hierárquica desse sistema.
Após quinze anos de estabilidade relativa, sob a égide do sistema de Bretton-Woods, a economia mundial entrou, em meados dos anos 70, na era dos desequilíbrios. As flutuações do dólar, a pressão exercida pela dívida sobre os países do Terceiro Mundo, e, igualmente, a explosão dos mercados de capitais, oscilando entre a euforia e o pânico, testemunham as profundas turbulências e mudanças que se deram nas relações internacionais. Revelando as apostas financeiras e monetárias da crise, ao mesmo tempo em que é apresentado, de uma forma precisa e fundamentada, o sistema financeiro e monetário internacional.
O cenário atual e as perspectivas para a evolução do mercado financeiro internacional apresentaram deterioração relativamente ao início do ano. O ambiente desfavorável diz respeito, especialmente, à contração dos ingressos líquidos de capitais privados nos países emergentes e à restrição a financiamento por devedores abaixo do grau de investimento (investment grade). As perspectivas para o comportamento do mercado internacional de capitais no restante deste ano, e no próximo, projetam a manutenção de cenário de baixa liquidez global e financiamento mais difícil para devedores com baixo rating. Decisivo, do ponto de vista da recuperação dos fluxos de capitais para os mercados emergentes, será a ainda incerta redução da aversão ao risco por parte de investidores internacionais, que depende da retomada da confiança desses agentes, da redução da exposição a risco em seus balanços e portfólios e da manutenção, ou adoção, de políticas econômicas sólidas e sustentáveis nos países receptores de capitais.
Desde o colapso de Bretton