Sistema digestivo dos platelmintas
Os animais, caracteristicamente, são heterotróficos por ingestão, isto é, consomem carbono complexo de origem orgânica, digerindo-o posteriormente no interior do seu organismo, isto é, possuem uma digestão intracorporal. No entanto, o local onde ocorre a digestão não é sempre o mesmo, já que existem animais em que a digestão ocorre ao nível das células (digestão intracelular) e outros que já possuem uma cavidade digestiva própria para a sua realização (digestão extracelular).
No entanto, existem alguns animais que fogem a esta regra, os parasitas, que efectuam uma absorção do material já foi digerido. O processo digestivo normal é constituído por uma ingestão, um transporte e armazenamento, uma digestão, uma absorção e finalmente por uma egestão.
O sistema digestivo, dos animais que o possuem, é constituído por diferentes zonas onde estas funções possam decorrer, pelo que apresenta uma região receptora, uma região de transporte e de armazenamento, uma região de digestão e absorção e uma região de absorção de água e de concentração de resíduos.
Sistema digestivo dos platelmintos Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.
Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo