Sistema de Transmissão Digital adotados no Brasil
O padrão de televisão digital adotado no Brasil é o ISDB-TB, uma adaptação do ISDB-T padrão japonês acrescida de tecnologias desenvolvidas nas pesquisas das universidades brasileiras. Foi levada em conta a possibilidade de atender melhor as necessidades de energia nos receptores, mobilidade e portabilidade sem custo para o consumidor, diferente do padrão europeu (DVB-T), onde esta operação é tarifada pelas empresas telefônicas. A principal diferença constatada inicialmente após a decisão de se adotar o padrão japonês para ser utilizado na televisão digital brasileira, foi a substituição do formato de compressão MPEG-2 pelo MPEG-4. O formato ISDB-TB permite além da transmissão em alta definição, a transmissão em multiprogramação, onde é possível transmitir, no lugar de um único programa em alta definição, oito programas diferentes simultaneamente em definição padrão (720 × 480 pixels, a mesma do DVD). Para comparar, a televisão analógica, por ter perdas na transmissão pelo ar, chega a no máximo 3 × 480. Com o codec H.264 do formato MPEG-4, será possível transmitir até 2 canais HD entrelaçado (1080i), 4 Canais HD progressivo (720p) e/ou 8 SD (480p) pela mesma transmissora.
Após uma dura batalha de bastidores entre os defensores dos três padrões, o governo brasileiro optou pelo japonês, por avaliar que essa proposta traria mais vantagens ao Brasil e às grandes empresas de comunicação do país. O governo do Japão assumiu o compromisso de investimentos e da transferência de tecnologia. O que também pesou na decisão da escolha do padrão japonês foi o fato deste sistema permitir maior tempo de adaptação à era digital dos atuais aparelhos de sinal analógico. Ou seja, enquanto os americanos e os europeus previam uma fase de transição mais rápida, os japoneses se dispuseram a tornar esse período mais longo num país pobre, em que a TV está instalada em mais de 90% dos domicílios. Uma fase de transição mais longa resultará