Sistema de saúde de Cuba
30 de novembro de 2011
Um grupo de médicos brasileiros (a maioria residentes de medicina da família) está em Cuba realizando o curso "La Atención Primaria de Salud e Medicina Familiar de Cuba". Eles rodarão em toda a rede de saúde de Havana e arredores e vivenciaremos o cotidiano de trabalho de diversos Médicos de Família de Cuba.
O Dr. Wal de Coqueiros fez um resgate do Sistema de Saúde Cubano e o cenário da saúde cubana em 2011. Segue o texto tirado do blog do grupo de médicos, os Baianos na Luta:
1) Reforma Sanitária: A Reforma Sanitária Cubana começou nos anos 60, logo após o triunfo do movimento revolucionário do qual faziam parte Che Guevara e Fidel Castro, e conseguiu, através de um severo planejamento, formação massiva de recursos humanos e intensa participação popular, inverter completamente o perfil epidemiológico do país. A partir da década de 70 iniciou-se a abertura das Policlínicas e a centralização e supervisão do trabalho dos médicos de família de um distrito por esses serviços. Já em 1984, portando um excelente número de médicos à disposição no país (semelhante a países desenvolvidos), ocorre a capacitação em massa dos médicos através da especialização em Medicina General y Integral (MGI) - correspondente ao brasileiro Médico de Família e Comunidade (MFC).
2)Mudanças históricas: a partir de 1989-1990 acontece a decadência do bloco soviético e, com ele, o financiamento externo da economia cubana. O período entre 1990-1994 fica conhecido como a "Grande Crise", que provoca racionamento completo de bens básicos(como comida, roupas, gasolina, energia elétrica) e serviços, incluindo a saúde. A partir dessa época, tiveram que fazer uma remodelagem do programa de Medicina Familiar, ampliando o número de famílias acompanhadas por cada Médico de Família - um único médico que dava conta de uma população de 800 pessoas, agora tinha que dar conta de mais de 1300. No entanto, as novas