Sistema de proteção catódica com corrente impressa.
Nos sistemas com corrente impressa, a polarização do metal a proteger é conseguida pela aplicação de uma corrente catódica através de sua interface, com auxílio de um gerador de corrente contínua (ou um retificador). Para fechar o circuito é necessário, neste caso, também a presença de um eletrodo anódico (fig. 1 b). Há porém uma grande diferença com o método anterior, pois naquele a polarização ocorre espontaneamente pelo contato entre os dois metais. No processo de corrente impressa, a corrente é fornecida externamente (figura 2 b) por um gerador ou retificador. Deste modo. o ânodo é polarizado para valores de potencial acima (mais nobres) do valor de potencial ao qual se estabiliza o cátodo. A diferença de potencial entre ânodo e cátodo é suprida pela fonte de força eletromotriz. Assim, não é necessário que o ânodo se dissolva, pois poderá ser um metal inerte que apenas sirva de sede de uma reação anódica qualquer, em geral a de liberação de oxigênio (oxidação da água). Pode-se, porém usar metais corrosíveis como, por exemplo,ligas de Fe-Si (que se corroem pouco), sucata de ferro ou aço (bastante barata). Os ânodos que não se corroem se chamam de ânodos permanentes e em geral são de ligas de Ti, Nb ou Ta, platinizados ou revestidos com óxidos de outros metais nobres como irídio. A vantagem destes é justamente a de não se dissolverem e portanto não ser necessária sua substituição periódica. Isto é particularmente importante, quando as estruturas a proteger estão enterradas em lugares de difícil acesso como no sub-solo de cidades ou em lugares afastados de centros de manutenção.
Em qualquer dos métodos que se utilize, existe a possibilidade de se produzir uma superproteção, embora seja mais comum no sistema de corrente impressa. Isto acontece quando o potencial atingido é desmesuradamente negativo, pois, a densidade de corrente catódica passa a ser excessiva, com o que se dissolve mais do