Sistema de magnitudes e brilho das estrelas
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O Sistema de Magnitudes
Parte 1
por Eduardo Soares
Os astrônomos medem o brilho aparente dos objetos que aparecem no céu através das magnitudes. A escala de magnitudes é diferente da maioria das escalas que estamos habituados a utilizar, pois trata-se de uma escala inversa. Quanto menor o valor do número, maior o brilho do objeto. Para dirimir eventuais dúvidas e entender o significado da magnitude aparente é essencial analisar brevemente o processo histórico milenar que deu origem ao sistema. Este é mais um exemplo que mostra como a Astronomia procurou sempre preservar as suas raízes históricas.
:: Origens Históricas do Sistema de Magnitudes
Quando observamos o firmamento estrelado, uma das primeiras coisas que notamos é que as estrelas possuem brilhos diferentes. Algumas estrelas chamam a nossa atenção devido ao seu brilho intenso, existem aquelas de brilho intermediário, e outras são tão pálidas que mal podemos enxergá-las. Tamanha diversidade chamou a atenção dos antigos observadores da Grécia Clássica, onde teve origem o primeiro sistema de classificação das estrelas segundo o seu brilho, e que acabou originando o moderno sistema que usamos até os dias de hoje. Nossa história tem início há mais de 2000 anos atrás. No ano 129 a.C., o célebre Hipparchus (ou Hiparco), um dos maiores astrônomos e matemáticos gregos da Antiguidade, completou o seu catálogo de estrelas. A sua obra continha uma lista com cerca de 850 estrelas e foi uma grande realização para a época. Além disso, o seu catálogo apresentava as estrelas classificadas em termos de brilho, segundo um critério pioneiro. Esta foi a primeira tentativa sistemática para classificar as estrelas segundo o seu brilho aparente. Utilizando apenas a vista desarmada e demonstrando uma grande acuidade