Sistema de informação gerencial
Você já está cercado por etiquetas inteligentes. Em breve, elas estarão em produtos, plantas, animais e pessoas, transmitindo dados sobre como eles são, onde estiveram e o que fizeram. Conheça a tecnologia que promete mudar a nossa forma de lidar com os objetos e misturar de vez o mundo real e o virtual (mas também acabar com a privacidade).
Talvez você não saiba, mas sua vida já está cheia de etiquetas ultramodernas. São elas que acionam o alarme da porta de lojas quando um produto passa por ali, que permitem aos motoristas atravessar o pedágio sem parar e pagar só no final do mês ou funcionários entrar na empresa apenas chacoalhando o crachá perto da catraca. Em breve, essas etiquetas podem fazer ainda mais maravilhas: tomar conta das suas crianças, recuperar cachorros perdidos, eliminar filas de supermercados, descobrir segredos da natureza e entregar todas as suas informações pessoais para empresas interessadas... espera um pouco, como é que é?
Para o bem e para o mal, parece muita promessa para uma tecnologia que no final das contas é só um passo adiante dos códigos de barras. Mas é um belo passo. As novas tarjas – chamadas de etiquetas de “identificação por freqüências de rádio”, ou RFID, na sigla em inglês – podem ser lidas a distâncias muito maiores, identificam vários objetos ao mesmo tempo e guardam mais dados sobre cada um. São, em essência, um chip ligado a uma antena – mas isso é o suficiente para revolucionar o mundo.
As primeiras a se empolgar com a tecnologia são as empresas. Ela permite rastrear todos os passos no trajeto de uma caixa, desde a matéria-prima até a loja, seja ela no bairro vizinho ou na China. Nada de perdas, materiais em falta, objetos desviados. Essas facilidades fizeram, em 2003, a gigante rede de supermercados Wal-Mart obrigar seus 100 maiores fornecedores a colocar etiquetas RFID em todas as caixas de embarque de seus produtos. A idéia é apenas aperfeiçoar a logística e ganhar um