Sistema Carcer Rio

O tratamento aos detentos e a organização penitenciária

O abandono, a falta de investimento e o descaso do poder público ao longo dos anos vieram por agravar ainda mais o caos chamado sistema prisional brasileiro. "já me tiraram a comida e o sol, já levei chute e bofetada. Abriram as pernas da minha mulher, arrancaram a roupa de minha mãe. Não tem mais o que tirar de mim, só ódio.” (J. M. E. 31 anos, preso no Rio de Janeiro As regras mínimas para o tratamento do Preso no Brasil, que surgiu em 1994, é um documento de aspirações. Constitui-se de 65 artigos, abrangendo tópicos como classificação, alimentação, assistência medica, disciplina, contato dos presos com o mundo exterior, educação, trabalho e direito ao voto. Mas nem sempre essas regras são corretamente cumpridas. Nas maiores penitenciárias, Os direitos que os presidiários podem ter não estão sendo aproveitada por eles. Em muitas penitenciárias, presos se queixam da insuficiência da comida que é servida, de que passam frio, de que quando chove se molham e não tem muda de roupa, sendo obrigados a ficar com a roupa molhada e úmida por muitos dias, e uma coisa que é totalmente imoral é as condições higiênicas precárias em que vivem os presos e a falta de atendimento médico e tratamento psicológico adequados a que estão submetidos. Estão em condições desumanas, são locais de tortura (física e psicológica), violência, superlotação. Segundo declarações dos próprios presos, em caso de brigas entre eles ou doenças, eles próprios têm que tratar dos feridos ou enfermos. Em muitos casos quando os presos doentes precisam ser transladados a postos de saúde ou hospitais para receber um tratamento médico determinado ou de urgência, a Policia Militar (órgão encarregado de escoltar ou transportar os reclusos aos hospitais) As vezes se nega a faze-lo ou adia sem qualquer justificação a escolta, o que muitas vezes resulta na piora do estado de saúde do doente. Em uma penitenciária em Minas Gerais, os