Siscomex
Já virou tradição: todo início de mês, a mídia estampa em suas manchetes os números da balança comercial brasileira, importante indicativo econômico que melhora ou piora o humor do mercado e do governo. Tamanho feito, inédito em todo o mundo, é apenas a ponta de um iceberg tecnológico: a agilidade e a precisão na apuração desses dados é a parte mais visível do Siscomex, o sistema que revolucionou o comércio exterior no país, nos últimos dez anos.
Revolução no Comércio Exterior. Dirigentes e ex-dirigentes de órgãos públicos, empregados do Serpro e da Secretaria da Receita Federal e usuários do Sistema Integrado de Comércio Exterior foram unânimes ao adjetivar o Sistema e apontar as profundas mudanças ocorridas ao longo de sua implantação e consolidação. Implantado em 1993, o módulo Exportação do Sistema deu início a um processo irreversível de modernização do setor, aprimorada pela implantação posterior de dois outros módulos: o Mantra e Importação.
"O Siscomex é um marco na história da Aduana brasileira pelo que representou para seu processo de modernização" – define Clecy Busato Lionço, secretária-adjunta da Receita Federal. Parece empolgação, mas não é. Há dez anos, o empresário de comércio exterior cumpria uma via sacra entre papéis, guichês e exigências de sete diferentes órgãos públicos. Hoje precisa de um computador e uma senha. Faz tudo sem sair do escritório.
A secretária sintetiza as inúmeras conquistas do Sistema em três aspectos distintos, mas complementares: a melhoria no controle, a transparência dos procedimentos e a qualificação dos dados. Este último é o mais visível para o conjunto da sociedade, particularmente os segmentos econômicos. Antes do Siscomex, os números da balança comercial brasileira só chegavam ao conhecimento público cerca de 45 dias depois do final do mês. E mesmo assim eram considerados números provisórios por conta da fragilidade do seu processo de apuração. Hoje os