Sintese: A pré historia da antropologia e primeiros movimentos
Para Lévi-Strauss, não faz sentido discutir o sentido da Raça Humana, pois o número das diferenças baseadas em características corporais é muito pequeno quando comparado com as semelhanças genéticas dos indivíduos. Por isso Lévi-Strauss centraliza sua tese no conceito de cultura. Para ele, é a diferença cultural que separa os povos asiáticos dos africanos, por exemplo. Mas mesmo assim, de acordo com os Evolucionistas, haveria povos que seriam mais evoluídos do que outros. Sobre esse ponto, Lévi-Strauss defende uma teoria de cooperação entre as comunidades. Segundo ele não há indícios arqueológicos que comprovem tal superioridade ou inferioridade entre diferentes povos. É muito provável que algum povo que tenha inventado algo significativo, tenha assim o feito pelo contato inter tribal, assim esse contato tenha proporcionando a troca de experiências e a agregação de valores para ambas as tribos. A comodidade de classificar os povos antigos de acordo com a técnica que eles utilizavam como a “era da pedra lascada” ou da “pedra polida”, por exemplo, não é suficiente.
O polir e o lascar a pedra coexistiram, quando a segunda técnica eclipsa completamente a primeira, isto não acontece como o resultado de um progresso técnico espontâneo saído da etapa anterior, mas como uma tentativa para copiar em pedra as armas e os utensílios de metal que possuíam as civilizações mais "avançadas", mas, de fato, contemporâneas dos seus imitadores. Inversamente, a olaria, que se pensava solidária da "idade da pedra polida",