Sintese - Um Olhar histórico na formação e sedimentação da TV no Brasil
O rádio e a televisão são os meios de comunicação de massa mais presentes na sociedade brasileira, onde o rádio não completou 100 anos de sua existência no Brasil e a TV é praticamente 30 mais jovem sendo essa, parte central, atualmente, das salas de estar nas residências da população. A primeira transmissão radiofônica ocorreu em 1922, em comemoração ao centenário da Independência. Em 1923 passou ter a primeira emissora com transmissão regular com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. A audiência concentrava-se na elite social, econômica e intelectual, abordavam temas de literatura, ciência e música erudita. Porém em 1920, passou a ter programas de entretenimento, variedades, humorísticos e musicais, alguns feitos em auditórios com a presença física dos ouvintes. Os revolucionários que tomaram o poder nacional em 1930 regularam a radiofusão, através dos decretos 20.047 de 27/05/1931, e 21.111 de 01/03/1932. Estes decretos declaravam que “o espectro eletromagnético era um privilégio do Estado, que poderia utilizá-lo diretamente para o bem público. Diziam também que o poder executivo poderia fazer concessões de canais, por tempo determinado, para companhias privadas”. Assim, o período estipulado dessas outorgas são de 10 anos para o rádio. A venda de espaços comerciais para agências de publicidade, muita delas americanas, exigiu a profissionalização do rádio, se tornando altamente competitivo financeiramente e vivendo o seu auge: “a era do rádio”. É nessa época que surge, em 1938, o primeiro e maior grupo brasileiro de veículos de comunicação de massa: o conglomerado Diários Associados. O empresário e jornalista Assis Chateaubriand tinha em posse no ano da sua fundação 5 emissoras de rádio, 12 jornais diários e uma revista. O conglomerado duraria cerca de 40 anos, mas chega a seu auge em 1958 possuindo 36 emissoras de rádio, 34 jornais diários, 18 emissoras de televisão e várias