Sintese Memorial do Convento - Cap. 1, 2, 3
1.º Capítulo
Primeira linha de ação (D. João V e a promessa de construção de um convento aos franciscanos)
A ação decorre em 1711 (tempo da história/diegético). D. João ainda não fizera 22 anos e D. Maria Ana Josefa chegara, à corte portuguesa, havia mais de dois anos da Áustria.
Apresentação de D. João V (muitos bastardos e duas vezes por semana cumpria o seu dever real e conjugal com D. Ana Josefa [austríaca] com “madre” seca, implora a Deus por um filho e sacrifica-se a imobilidade total) Persistência do Rei /Paciência da rainha.
Infertilidade da rainha embaraçosa para a continuidade genealógica da família.
O falatório na corte.
A virilidade do rei.
Visão machista da esterilidade como mal exclusivamente das mulheres.
Construção da Basílica de São Pedro em forma de lego. sátira ao lazer/ao entretenimento e futilidades do rei. imagem de um rei megalómano e vaidoso que se compraz com o n.º ordinal que é denominador comum ao papa e a si próprio (V).
Anúncio da ida de D. João V ao quarto da rainha.
Anúncio profético de Frei António José que abre caminho à construção do Convento.
Promessa do rei aos franciscanos e ao povo.
Encontro real, formal apenas para procriação de um varão real, intercalado com a descrição do cobertor de penas trazido de Áustria infestado de percevejos.
Sátira aos escrúpulos morais de D. Ana.
Sonhos da rainha com o irmão do rei, D. Francisco, quando tem relações com o marido e sonho de D. João V acerca da sua potencial descendência (espaço psicológico).
Uso de uma linguagem popular “emprenhou”, “madre seca”, “ ainda a procissão vai no adro”) e linguagem cuidada.
Recurso à ironia, à metáfora, à sinestesia, à adjetivação, à enumeração, à antítese, ao polissíndeto, adaptação de provérbios…
Crítica à religião, às promessas, à igreja católica, às futilidades do rei...
Capítulo dominado pela ironia, pela caricatura e pela linguagem jocosa.
Narrador heterodiegético e com focalização omnisciente, exprime-se na 3.ª pessoa,