sintese fernando pessoa
- Intelectualização do sentimento para exprimir a arte -> poeta fingidor - despersonalização do poeta fingidor que fala e que se identifica com a própria criação poética- uso da ironia para pôr tudo em causa, inclusive a própria sinceridade- Crítica de sinceridade ou teoria do fingimento está bem patente na união de contrários- Mentira: linguagem ideal da alma, pois usamos as palavras para traduzir emoções e pensamentos (incomunicável)
Consciência/inconsciência
- Aumento da autoconsciência humana (despersonalização)- tentativa de resposta a várias inquietações que perturbam o poeta
Sentir/pensar
- concilia o pensar e o sentir - nega o que as suas percepções lhe transmitem- recusa o mundo sensível, privilegiando o mundo inteligível.
Fragmentação do eu
-intersecionismo entre o material e o sonho; a realidade e a idealidade; realidades psíquicas e físicas; interiores e exteriores;sonhos e paisagens reais; espiritual e material; tempos e espaços;horizontalidade e verticalidade.
O tempo e a degradação: o regresso à infância
- desencanto e angústia acompanham o sentido da brevidade da vida e da passagem dos dias- busca múltiplas emoções e abraça sonhos impossíveis, mas acaba “sem alegria nem aspirações”, inquieto, só e ansioso.- o passado pesa “como a realidade de nada” e o futuro “como a possibilidade de tudo”. O tempo é para ele um fator de desagregação na medida em que tudo é breve e efémero.- procura superar a angústia existencial através da evocação da infância e de saudade desse tempo feliz.
O tédio, o cansaço de viver
O poeta constata que não é ninguém, ele é nada – o sonho de ir mais além desaparece.Diz que não sabe nada, não sabe sentir, não sabe pensar, não sabe querer, ele é um livro que ficou por escrever. Ele é o tédio de si próprio: está cansado da sua vida, está cansado de si.
Fernando Pessoa conta e chora a insatisfação da alma humana. A sua precariedade,a sua limitação, a dor de pensar, a fome de se