sintese de Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.
Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.
Maurice Tardif
Danielle Raymond
Os autores Tardif e Raymond mostra que as fontes de conhecimento dos profissionais são dinâmicas e variadas não apenas quanto à sua base acadêmica, mas também quanto à sua experiência pessoal e profissional, eles propõem isso com base no tempo de aprendizagem do trabalho e o fator formador do saber do profissional professor.
Primeiramente, os autores procuram trabalhar com o conceito de knowledge (anglo-saxões) base, advindo da literatura americana e que “designa o conjunto dos saberes que fundamentam o ato de ensinar no ambiente escolar” (Tardif e Lessard 1999), este conceito é à base do artigo a qual visa essencialmente apontar, através da análise de diferentes aspectos da vivência dos professores, as formas e fontes dos saberes que os professores utilizam na prática escolar. Eles descrevem também que é necessário “atribuir à noção de “saber” num sentido amplo que engloba os conhecimentos, as competências, as habilidades (ou aptidões) e as atitudes dos docentes, aquilo que muitas das vezes chamado de saber, de saber fazer e de saber ser”. (Tardif e Raymond p.212). Esses saberes, por sua vez, dizem respeito ao acúmulo de experiência de cada professor, seja na vida pessoal, na vivência escolar, nas instituições religiosas e na sociedade de uma maneira geral.
Trata-se de uma concepção bastante ampla, visto que os autores procuram relacionar o conhecimento dos docentes com o processo de construção da identidade de cada um. Por isso também, os autores apontam a própria carreira docente como processo formador de conhecimento posto que, ao iniciar a prática profissional, os professores se deparam com a realidade (ou as realidades) de sua profissão, com seus problemas e limitações e passa a adaptar seu pré-conhecimento a essa realidade, através do que os autores chamam de “rotinização”. A rotinização do ofício do