Sintese complexos cobalto
O trabalho laboratorial incidiu sobre a síntese de um complexo de cobalto, o cloreto de pentaaminoaquocobalto (III). Os complexos metálicos são substâncias compostas, cujas entidades elementares são moléculas nas quais está presente um ou mais átomos metálicos (na sua forma neutra ou catiónica) ligados a um ou mais ligandos. Os ligandos são átomos, moléculas ou iões capazes de interagir com os átomos metálicos, formando ligações covalentes dativas. Um dos métodos utilizado no trabalho experimental é a filtração a pressão reduzida, que se utiliza quando, na mistura a filtrar, as partículas sólidas são de dimensões muito reduzidas. Para uma caracterização do complexo, é utilizada a espectrofotometria de absorção no visível que, como um estudo da interacção radiação-matéria, permite caracterizar o complexo estudado. Para este processo, é utilizado um espectrofotómetro que tem uma lâmpada de tungsténio emissora de radiação na gama do visível. Forma-se então uma rede de difracção que, como que um prisma, separa a radiação. Quando colocado no caminho óptico do aparelho, o complexo não absorve a cor que lhe corresponde, absorve todas as outras. A cor que o complexo apresenta não é devido à radiação que ele absorve mas sim à radiação que emite. O fenómeno de absorção de radiação electromagnética por espécies em solução é traduzido pela lei de Beer-Lambert, que relaciona a concentração analítica de uma espécie, com a sua absorvância. A energia de separação/desdobramento do campo de cristal está relacionada com a teoria do campo de cristal. Nesta teoria, utilizada para estudar tanto compostos de coordenação como as propriedades dos materiais sólidos cristalinos, considera-se que pelo facto do ião central, normalmente um ião metálico, complexar com um ligando, haja desdobramento das orbitais d em duas zonas com energias diferentes, uma deles mais energética do que a outra; sendo também esta divisão dependente da geometria do complexo formado.