Sintagma
Texto1: Lucíola – José de Alencar
(...) Conversamos muito sobre mil futilidades, que nos ocorreram; e eu tive ocasião de notar a simplicidade e a graça natural com que se exprimia.
O que porém continuava a surpreender-me ao último ponto, era o casto e ingênuo perfume que respirava de toda a sua pessoa. Uma ocasião, sentados no sofá, como estávamos, a gola de seu roupão azul abriu-se com um movimento involuntário, deixando ver o contorno nascente de um seio branco e puro, que o meu olhar ávido devorou com ardente voluptuosidade. Acompanhando a direção desse olhar, ela enrubesceu como uma menina e fechou o roupão; mas doce e brandamente, sem nenhuma afetação pretensiosa.
Questão:
1. Analise os sintagmas nominais sublinhados acima e identifique e classifique seus elementos:
Texto 2: As Jóias – Charles Baudelaire
A amada estava nua e, para o meu amor,
O seu corpo a florir só de jóias faísca.
E em sua ostentação, revela o ar vencedor
Que num dia feliz tem a escrava mourisca.
Quando atira na dança o ruído zombador,
Este mundo a irradiar de pedras e metais,
Põe-me num frenesi e adoro até o furor
O que une a luz ao som mas em partes iguais.
Ela estava deitada e deixando-se amar,
Do alto do seu divã, ela sorri sem medo,
Ao meu amor profundo e doce como o mar
Que procura alcança-la assim como um rochedo.
O olhar fixado em mim, como um tigre domado,
Com ar vago e distante ensaiava poses,
E o seu candor unido ao ar mais debochado,
Só vai fatalizar suas metamorfoses;
Sua coxa e seus rins, seu braço e sua perna,
Óleo lustroso e cisne a ondular a linha,
Passam por meu olhar de luz aguda e terna;
Ventre e seios do amor, cachos de minha vinha,
Avançam mais sutis que os Anjos do Mal,
Perturbando o repouso em que pus a minha alma,
Como para abalar, da rocha de cristal,
Em que ela está sentada solitária e calma.
Acredito que ali novo desenho alia
De Antíope os quadris a um busto de adolescente,
De tal