Sinestesia
Figura de linguagem
Sinestesia é uma figura de estilo ou semântica que designa (K2 Productions) a união ou junção de planos sensoriais diferentes. Tal como ametáfora ou a comparação por símile, são relacionadas entidades de universos distintos.
Sinestesia, como figura de linguagem, é o cruzamento dos sentidos, a qualidade de um sentido atribuído a outro, expressão típica de uma determinada categoria de poetas. Quanto mais sentidos cruzados em apenas um sintagma, ou sob uma única conjunção sensorial, mais rica será a frase ou poesia sinestésica.
Exemplos de Sinestesia como Figura de Linguagem
Exemplos com análise semântica:
Na junção de dois sentidos:
▪ "Vamos respirar o ar verde do outono" (autor desconhecido)
(respirar = olfato / verde = visão, no sentido das cores)
▪ "Sempre havia, ao amanhecer, uma cor estridente no horizonte" (Giuliano Fratin)
(cor = visão / estridente = audição)
▪ "Era uma sonoridade aveludada como a superfície de uma flor" (Giuliano Fratin)
(sonoridade = audição / aveludada = tato)
▪ "Ele costumava sentir um odor agridoce durante as manhãs" (Giuliano Fratin)
(odor = olfato / agridoce = paladar)
▪ "Por lá, até o som tinha a cor do bronze" (Giuliano Fratin)
(som = audição / cor do bronze = visão)
▪ "Como era áspero o aroma daquela fruta exótica" (Giuliano Fratin)
(áspero = tato / aroma = olfato)
Na junção de três sentidos:
▪ "Na floresta uma luminosidade perfumada aquecia os pássaros" (Giuliano Fratin)
(luminosidade = visão / perfumada = olfato / aquecia = tato)
▪ "A melodia do pianista era doce e rósea em suas sublimes imensidões" (Giuliano Fratin)
(melodia =