sindrome
Século XIX: apogeu do Liberalismo e do individualismo como princípios de organização econômica e política.
No campo das artes e filosofia assiste um desabrochar dos movimentos românticos.
Pode ser identificado como o início de uma sociedade organizada pelo regime disciplinar.
FIGUEIREDO defende a tese de que as três formas de entender o Século XIX são legítimas simultaneamente, embora, contraditoriamente.
Os destinos do liberalismo, romantismo e das práticas disciplinares foram bastante diversos; no entanto, nenhum deles perdeu de todo a vigência até os nossos dias, em que pesem as transformações porque passaram e os diferentes pesos que foram assumindo na cultura contemporânea.
O espaço psicológico, tal como o conhecemos hoje, nasceu e vive precisamente da articulação conflitiva daqueles três formas de pensar e praticar a vida em sociedade.
As vicissitudes do liberalismo e do individualismo
Liberalismo
Na versão original (Jhon Locke, 1632-1704) sustentava a tese dos direitos naturais do indivíduo serem defendidos e consagrados por um Estado nascido de um contrato livremente firmado entre indivíduos autônomos para garantir seus interesses.
Ao estado: não cabia servir e administrar a vida particular de ninguém; seja no plano das opiniões, da vida doméstica, seja nos negócios, APENAS regular as relações entre indivíduos para que nenhum tivesse seus direitos violados pelos demais.
Fundamental: preservar os espaços da privacidade contra abusos eventuais dos próprios poderes públicos, limitar o alcance e a força destes poderes: o monopólio estatal do poder de fazer justiça e punir deveria estar completamente subordinado à função de salvaguarda dos direitos individuais, destacando-se dos direitos à liberdade e a propriedade.
Para manter o Estado nessa condição devem-se separar os três poderes (Poder Executivo, Legislativo e Judiciário),