Sindrome Metabolica
A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina, devendo ser destacada a sua importância do ponto de vista epidemiológico, responsável pelo aumento da mortalidade cardiovascular estimada em 2,5 vezes. Associando fatores de risco cardiovascular bem estabelecidos, como hipertensão arterial, hipercolesterolemia e diabetes, entre outros, com a deposição central de gordura e a resistência à insulina, a SM é considerada um dos principais desafios da prática clínica nesse início de século (SBC, 2005).
Alguns fatores são considerados como risco metabólico: dislipidemia aterogênica (hipertrigliceridemia, níveis elevados de apolipoproteína B, partículas de LDL-colesterol pequenas e densas e níveis baixos de HDL-colesterol), hipertensão arterial, hiperglicemia e um estado pró-inflamatório e pró-trombótico. Indivíduos com SM apresentam resistência a insulina (RI), o que contribui para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998) apresentou uma lista de critérios para o diagnóstico clínico da SM, quando enfatizou a avaliação de resistência à insulina ou distúrbios no metabolismo da glicose. Assim, para o individuo ser diagnosticado com SM teria que apresentar como pré-requisito hiperglicemia ou insulinoresistência seguidos de dois ou mais fatores: obesidade abdominal, hipertensão arterial, dislipidemias e microalbuminúria. A “National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III” (NCEP-ATP III) apresentam uma lista de critérios semelhantes a OMS, que atualmente são as mais utilizadas para o diagnóstico clinico (FIGUEIREDO, 2010).
A RI (resistência á insulina) pode ser apresentada por uma das alterações do metabolismo glicídico: diabetes mellitus tipo 2, glicose de jejum alterada ou teste de glicose alterada ou pela presença de alguns fatores associados como