Sindrome hellp
A síndrome HELLP é uma entidade clínica que pode ocorrer na pré- eclampsia, ou na eclampsia, e se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas associados à hemólise microangiopática, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia. O termo HELLP foi inicialmente descrito por Louis Weinstein, em 1982, e baseou-se nas iniciais das palavras hemolisys, elevated liver enzymes e low platelet count.
Hemólise
O aumento da destruição de eritrócitos é responsável pela hiperbilirrubinemia não conjugada, daí o aparecimento de icterícia. No entanto, a icterícia só é observada quando o nível de bilirrubina ultrapassa 3 mg/dL. Além disso, quando há apenas hemólise, a hiperbilirrubinemia em geral é leve. Valores elevados de bilirrubina sugerem disfunção hepática, com aumento da bilirrubina conjugada.
Como as hemácias possuem grande quantidade de DHL, a hemólise promove a elevação da atividade dessa enzima no soro.
Entre os achados da anemia hemolítica microangiopática se observam alterações eritrocitárias que ocorrem em diversas situações clínicas (hipertensão arterial maligna, púrpura trombocitopênica, necrose cortical renal, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras) em que há diminuição do nível de hemoglobina e presença de lesões vasculares. Entre as alterações eritrocitárias, destaca-se a presença de esquizócitos e equinócitos. O esquizócito, também denominado de célula capacete ou fragmentada, caracteriza-se por apresentar forma discoide alterada, com duas ou três espículas nas extremidades. Acredita-se que essa fragmentação eritrocitária seja secundária à passagem do sangue por pequenos vasos sanguíneos que possuem lesão da camada íntima e/ou deposição de fibrina. O equinócito é outra alteração da morfologia do eritrócito, caracterizada por apresentar várias espículas em sua superfície.
Elevação de enzimas hepáticas
Em decorrência da necrose das células hepáticas, ocorre a elevação das enzimas TGO e TGP. Deve ser salientado que a TGP é um