Sindrome do respirador bucal
1. INTRODUÇÃO
Na cavidade oral são realizadas funções vitais de respiração, fonação, deglutição e mastigação, que estão intimamente relacionadas e, para sua realização, exigem coordenação e integração neuromuscular adequadas.
O indivíduo que respira mal pode apresentar alterações nas funções de deglutição, mastigação e fala. Além disso, pode apresentar distúrbios de sono, com conseqüências na sua rotina diária e alterações posturais. A respiração oral não é caracterizada como uma doença, mas como um reflexo de condições que estabelecem a obstrução nasal crônica. Por sua vez, o padrão respiratório oral pode ocasionar alterações craniofaciais (ósseas e musculares), nas arcadas dentárias, na postura corporal, dietéticas, no crescimento e desenvolvimento, e distúrbios do sono, com alterações cognitivas e piora na qualidade de vida.
A determinação do padrão respiratório é um assunto complexo e tem sido objeto de atenção da fonoaudiologia, da ortodontia, da otoninolaringologia e outras áreas correlatas ao seu estudo e as alterações esqueléticas e dentárias correlacionadas.
2. PROPOSIÇÃO
A respiração bucal pode ter como causas: alergias, adenóides e amígdalas hipertróficas, pólipos nasais, resfriados crônicos, entre outros. Quando o individuo começa a respirar pela boca, ao invés de pelo nariz, podem ocorrer algumas alterações a nível de face, caracterizando a "Síndrome da face longa"; boca entreaberta, lábio superior evertido, língua mal posicionada, arcos atrésicos e gengivite crônica.
O presente trabalho estudará as alterações que ocorrem devido a respiração bucal, envolvendo as estruturas dentes-faciais do ponto de vista funcional e estético. A função mastigatória está diretamente relacionada ao desenvolvimento craniofacial e a ênfase dada ao diagnóstico precoce é de relevada importância para se conseguir um bom condicionamento funcional e estrutural. É fundamental o conhecimento de todos os