Sindrome de zellwenger
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Síndrome de Zellweger: trata-se de uma rara desordem genética, que se caracteriza por um defeito no funcionamento da organela peroxissomo das células do fígado, cérebro e rins. Clinicamente, caracteriza-se por dismorfias, convulsões de difícil controle, hepatopatia e desordens respiratórias. Mutação em qualquer um dos 13 genes envolvidos na formação e funções normais dos perixossomos, denominados genes PEX, resulta neste distúrbio. Tipicamente, o paciente com esta síndrome apresenta mutação em algum dos seguintes genes: PEX1, PEX2, PEX3, PEX5, PEX6, PEX10, PEX12, PEX13, PEX14, PEX16 e PEX 26. Há a diminuição da função dos perixossomos, levando ao acúmulo de ácidos graxos de cadeia muito longa e de cadeia ramificada, que habitualmente são degradados por essas organelas. Este acúmulo leva a prejuízos da função normal de diversos órgãos, além de ocasionar deficiência de substâncias altamente importantes para a função pulmonar e cerebral.
Tipicamente apresenta-se no período neonatal. Os peroxissomos apresentam-se "vazios", pois existe uma deficiência na importação de proteínas. Logo não ocorrendo as reações oxidativas características da organela.
É uma doença autossômica recessiva e fatal, O quadro clínico se caracteriza pela presença de dismorfias craniofaciais (fontanelas amplas, palato ogival, nariz achatado, epicanto, deformidades auriculares) e disfunções neurológicas (hipotonia, hiporreflexia, convulsões, retardo neuropsicomotor). Comumente outros problemas estão presentes, como hepatomegalia, colestase, cegueira (catarata, opacificação corneana), insuficiência adrenal, calcificação da patela, condrose do acetábulo, aplasia tímica e malformações cardíacas. Microgiria, heterotopias neuronais, alterações da mielina, fibrose hepática, cistos renais e esplênicos e atrofia adrenal podem ser achados de necrópsia.
Normalmente, a síndrome de Zellweger progride rapidamente para óbito dentro dos primeiros meses de vida. Na verdade, o mecanismo de morte mais comum