Sindicalismo no Brasil
1 – História.
A origem dos sindicatos no nosso país, data do século XIX, influenciado pela transformação econômica ocorrida, tendo em vista a substituição, tanto no deslocamento da mão de obra do sistema agrário para o industrial, como pela substituição da mão de obra de escravos, por assalariados. As denominações, anteriores dadas ao sindicato, foram primeiramente, Sociedades de Socorro e Ajuda Mútua, posteriormente, União Operária, para finalmente denominar-se Sindicato. Com o intuito de defender o trabalhador, ou seja, o lado mais fraco do dualismo empregado/empregador, os sindicatos, sempre se caracterizaram por um viés socialista e anarquista, pois defendiam sempre a quebra da hierarquia e a melhor distribuição das riquezas. Os primeiros movimentos reivindicatórios que ocorreram no Brasil, data do ano de 1970, no porto de Salvador, na época, o maior das Américas. A primeira greve de fato ocorrida no nosso pais deu-se em 1858, foi a greve dos tipógrafos do estado do Rio de Janeiro, que tiveram como reivindicações básicas, aumento salarial e contra injustiças patronais. Em 1906, foram lançadas as bases para a fundação da Confederação Operaria Brasileira, no primeiro Congresso Operário Brasileiro. Existiam, na formação desta confederação, dois grupos distintos: o anárquico, que defendia a desvinculação da luta operaria de partidos políticos e defendia um enfrentamento do operariado no interior das fábricas, e o socialista que defendia uma transformação gradativa e com participação do movimento junto a classe política. Até 1913 o sindicalismo esteve atrelado ao governo, exemplo disto foi o congresso de 1912 que teve como presidente honorário o então presidente da República Hermes da Fonseca. A partir de 1912 houve uma tentativa de reavivamento da Confederação Operaria Brasileira, para forçar o sua vinculação como o governo. Estes eram os chamados sindicalistas amarelos, obedientes à