Sinais de pontuaçao
Quando olhamos para o passado vemos que a escrita também tem uma história, e que, atualmente, usufruímos de séculos de contribuições das mais variadas pessoas e culturas. O professor Antenor Nascentes nos legou um excelente estudo sobre este assunto, que apresentamos aqui com algumas adaptações.
Observe o texto a seguir:
BASILEOSELTHONTOSESELEPHANTINANPSAMMATICHOUTA
UTAEGRAPSANTOISYNPSAMMATICHOITOITHEOKLEOEPLEON
HELTHONDEKERKIOSKATYPERTHENESOPOTAMOSANIEALLO
GLOSSOUSDHCHEPOTASIMTOAIGYTIOUSDEAMASISEGRAPSE
DAMEARCHONAMOISBICHOUKAIPELEQOS OUDAMOU.
Nesta inscrição as palavras aparecem aglutinadas umas às outras, sem interrupção. Separando-as:
BASILEÓS ELTHO'NTOS ES ELEPHANTI'NAN PSAMMATI'CHOU TAÛTA E'GRAPSAN TOÌ SY'N PSAMMATI'CHOI TOÎ THEOKLE'OS E'PLEON HE'LTHON DE KER'KIOS. KATYPERTHEN ES O POTAMÒ S ANI'E ALLOGLOSSOUS D'ÊCHE POTASIMTO'. AIGYPTI'OUS DÈ A'MASIS E'GRAPSE D'AMÈ A'RCHON AMOÍSBÍCHOU KAÌ PÈLEQOS OUDA'MOU.
Tradução:
Vindo a Elefantina o rei Psamético, estas coisas escreveram os que vinham com Psamético, filho de Teocles. Foram além de Kerkis tão longe quanto o rio permitiu. Potasimto comandava os estrangeiros; Amasis, os egípcios. São Arcaonte, filho de Amobicos e Pelecos, filho de Udamos, que escreveram nossos nomes.
Este sistema perdurou por muitos séculos.
Das inscrições lapidares passou-se aos papiros e pergaminhos e foi graças sobretudo à paciência dos monges medievais (Monte Cassino) que se procedeu à separação que atualmente usamos.
Atribui-se o uso da acentuação ao gramático de Alexandria chamado Aristófanes de Bizâncio (260 a. C.).
O sistema de Aristófanes, criado para facilitar a leitura dos textos clássicos de Homero, apesar de ensinado nas escolas, não teve