Simmel, georg. “sociabilidade: um exemplo da sociologia pura ou formal”. in: simmel: sociologia. coleção grandes cientistas sociais. são paulo: ática, 1993, pp. 165-181
Ciências Econômicas
Disciplina: CIS 217
Professora: Daniela Leandro Rezende
Aluno: Guilherme Dias
Atividade – Fichamento 4
Referência Bibliográfica: SIMMEL, Georg. “Sociabilidade: um exemplo da sociologia pura ou formal”. In: Simmel: sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática, 1993, pp. 165-181
Para Simmel, a razão pela qual há a constituição da sociologia em uma área de problema específica deriva de duas proposições: a primeira, é que pode-se fazer uma distinção entre a forma e o conteúdo de qualquer sociedade humana. A segunda, é que a própria sociedade em geral se refere à interação entre os indivíduos, a qual é motivada com base em certos impulsos. Entre os impulsos pelos quais a interação é motivada podem-se destacar: os instintos eróticos, os interesses objetivos, os impulsos religiosos, os propósitos de defesa ou ataque e os propósitos de ganho ou jogo. O conjunto desses impulsos faz com que o homem viva com outros homens, e que todos eles interajam entre si de maneiras diferentes. Segundo o autor, tudo que está presente nos indivíduos de maneira a exercer influência sobre os outros ou a receber influências é designado como conteúdo, ou seja, como a matéria da sociação. As motivações que impulsionam essas matérias não são sociais, tornam-se fatores de sociação apenas quando transformam um simples agregado de indivíduos em indivíduos que interajam entre si. A sociação, pois, é o modo pelo qual os indivíduos se agrupam em conjuntos que satisfazem seus anseios, os quais formam a base das sociedades humanas. De acordo com nossos propósitos, damos a materiais diferentes certas formas e apenas sob estas formas eles são acionados e usados como elementos da nossa vida. Esses materiais tornam-se autônomos no sentido de que não são mais inseparáveis dos objetos que criaram, passam a produzir ou fazer uso de materiais que servem exclusivamente ao seu próprio funcionamento.