Simbólica e Imagética Animais na Oresteia

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Ainda que a imagética presente em Agamémnon, a primeira peça da trilogia, lhe seja transversal e intensamente perpasse um profundo sentido de desespero, nas Coéforas tais imagens assumem uma outra significação, na qual é sugerida alguma esperança.
Um dos maiores exemplos da imagética e simbólica animais, presentes na primeira parte da peça, ocorre quando Agamémnon é comparado a uma águia.
LER A PASSAGEM – ORESTES: 246-51
Orestes e Electra ficam, então, órfãos, duas inocentes vítimas do comportamento selvático e animal alheio. Mas Orestes raramente se compara a um animal ávido de vingança, ou até mesmo, procura engendrar algum género de plano para matar
Clitemnestra e Egisto, como que se procurasse armadilhar algo. A única exceção dá-se quando este interpreta o sonho de Clitemnestra, no qual dá à luz uma víbora.
LER A PASSAGEM – ORESTES: 543-50
Todavia, quando Clitemnestra se refere ao sonho, parece afirmar Orestes que a víbora surgiu através de uma ação própria. Sendo, por extensão, a morte a causa primeira de si mesma. Assim que a ação da peça se inicia, evidencia-se um outro ritmo imagético, intensamente esperançoso e frutífero. A imagem de Orestes, enquanto “poldro, órfão do herói que te foi caro”, sugere um sentido e significação maiores, até mesmo pela comparação das ações que lhe são devidas a uma raça.
Assim, a trama poderá, eventualmente, sofrer uma viragem. Para além disso, convém, em igual hora, referir, a luz e o universo que a cinge, como questão importante dentro da obra.
A imagem da rede, tão recorrente em Agamémnon, ao ser retomada, justifica-se na exposição de Orestes daquilo que Clitemnestra utilizou para matar o marido.
LER A PASSAGEM – ORESTES: 980-94
Orestes, consciencializando-se de tal situação, roga ao Sol para que seja justo.
LER A PASSAGEM – ORESTES 985
No mesmo discurso, ele, refere-se também à mãe como uma víbora.
Afirma Corifeu:
LER A PASSAGEM – CORIFEU: 1045 – 1047
Não há, no entanto, outros indícios de que

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