Simbolos
A Cobra (ou Serpente ou Dragão): Um dos símbolos mais antigos. Foi retratada como deusa da fertilidade em algumas das primeiras esculturas da história, incorporando atributos de dualidade derivados do animal vivo. Uma vez que vive no solo, representa a nutrição da terra, mas também os perigos desconhecidos do mundo subterrâneo. As metáforas do cristianismo enfatizam seu lado tenebroso, idealizando a serpente – o caráter do mal no Jardim do Éden – como uma ameaça espiritual. No entanto, vários povos pré-colombianos adoravam deuses serpeantes e alguns iogues indianos veneram a serpente como um guia espiritual. Os gregos e outros povos da Antiguidade atribuíam poderes curativos às cobras, crença preservada no caduceu – bastão com duas cobras entrelaçadas, que simboliza a medicina. Para a psicanálise, a dualidade da natureza superior e inferior da cobra pode significar a fusão do consciente e do inconsciente, levando a um novo crescimento e à maturidade.
O fogo: Amigo e Inimigo Ao lado da terra, do ar e da água, o fogo compõe o quarteto dos elementos primordiais. Sua presença ancestral e sua natureza paradoxal fazem dele um símbolo obrigatório, ainda que ambíguo. O fogo gera calor e luz, mas consome o combustível que o alimenta; fascina por sua movimentação viva e irrequieta, embora seja constante; pode manter a vida ou exterminá-la; transforma e purifica a matéria, mas consegue destruí-la. Representa o amigo e o inimigo, o conforto e o perigo, a divindade e a danação. Sua energia contínua transforma-o num poderoso símbolo da vida, até da vida eterna e também