Simbolismo
Investigando caminhos
Conjunções Coordenativas Explicativas
A poética simbolista teve sua maior inspiração em Charles Baudelaire, nos modelos de Stéphane Mallarmé (1842 - 1898), Paul
Verlaine (1844 - 1896) e Arthur Rimbaud (1854 - 1891).
“Autorretrato”, poeta simbolista francês Charles Baudelaire (1821-1867).
Veja algumas das características do Simbolismo, esse estilo que reúne a exploração musical das palavras, a sugestão cromática
(cores), o uso de maiúsculas sem necessidade e do sinal de reticências.
Subjetivismo: a expressão artística busca na subjetividade, como os românticos, mas a veste de irracionalidade, de uma camada onírica rumo aos sentimentos mais inconscientes. Por isso, sua obra expressa um universo um tanto onírico, de delírio. Essa característica também está presente em outras maneiras de expressão, como nas Artes Plásticas.
Pintura simbolista.
Sugestão: a descrição utilizada no parnasiano é substituída pelo resgate do gênero lírico. Pode-se considerar que a poesia no Simbolismo tende a insinuar, sugerir, reinventar a linguagem, recriá-la, palavra por palavra, em busca da expressão por imagens. A linguagem simbolista sugere a utilização de metáforas e analogias sensoriais.
Musicalidade: ao mesmo tempo em que partilhou do antirromantismo parnasiano, acrescentou à estética plástica dos versos, a musicalidade. A musicalidade fazia o suporte sonoro do amor, a abundância das reticências, uma insinuação, diferente da eloquência parnasiana.
Veja nesse verso de Cruz e Sousa:
Exemplo de musicalidade na poesia simbolista de Cruz e Sousa.
Mistério: o inconsciente, a bruma, a neblina, tudo é mistério. Há uma negação da possibilidade de comunicação lógica entre os homens, o que deve ser expresso é o irracional, o não inteligível. Acompanhe o poema de Cruz e Sousa:
Infinitos, espíritos dispersos,
Inefável, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério