Simbolismo
O cientificismo e materialismo que predominava na sociedade européia na Segunda metade do século XIX, não agradava os simbolistas.
O simbolismo reagia contra tudo que representava o materialismo e racionalismo. Ao contrário, pregavam o subjetivismo, o misticismo e a sugestão sensorial.
Tanto o Simbolismo quanto o Parnasianismo se preocupavam com a linguagem, talvez porque esses dois movimentos tenham nascido na França, na revista “Parnasse Contemporain” em 1866.
O simbolismo buscou uma linguagem que pudesse “sugerir” a realidade, em vez de retratá-la de maneira tão óbvia como faziam os realistas. Para “sugerir” a realidade, os simbolistas usavam símbolos, imagens, metáforas, sinestesias*, recursos sonoros e cromáticos (cor).
O precursor do simbolismo foi o poeta francês Charles Baudelaire (1821 – 1867). Sua poesia buscava abordar temas como miséria, prostituição, bêbados, freqüentadores desocupados das tavernas, etc. Pode parecer estranho para muitos, mas ele via poesia em todos esses assuntos.
Baudelaire deixou muitos seguidores pelo mundo afora.
OBS: Sinestesia é o cruzamento de campos sensoriais diferentes.
- Ex: Um perfume que evoca uma cor (olfato + visão)
- Um som que evoca uma imagem. (audição + visão)
CARACTERÍSTICAS
- Misticismo, religiosidade
- Desejo de transcendência e integração com o cosmos
- Interesse pelo inconsciente e subconsciente
- Subjetivismo
- Pessimismo
- Interesse pelo noturno, pelo mistério e pela morte
- Retomada de elementos da tradição romântica
- Atração pela morte e elementos decadentes da condição humana
SIMBOLISMO NO BRASIL (final do século XIX)
Na Europa, o simbolismo teve muito mais destaque do que o Parnasianismo. Aqui no Brasil, não foi assim. O Parnasianismo foi bastante valorizado pelas camadas cultas da sociedade até os primeiros anos do século XX, chamando muito mais atenção do que o Simbolismo. Mesmo assim, o Simbolismo nos deixou obras e escritores muito significativos.
O marco inicial desse