Simbolismo
O movimento simbolista se desenvolveu na França sendo basicamente poético e foi criado para suprir as necessidades dos homens, nascendo, sobretudo, da vontade de se responder questões, principalmente existencial, que o ateísmo, o positivismo e a ciência não estava conseguindo responder. Era denominado de “decadentismo” e posteriormente intitulado “simbolismo”.
Os primeiros vestígios realmente do simbolismo em Portugal está correlacionado a duas revistas: Boêmia Nova e Os Insubmissos que foram criados por estudantes de Coimbra em 1889. Passado um ano, Eugênio de Castro, um dos mentores da então nova corrente literária, publica o livro “Oaristos”, que comporta as características importadas dessa escola literária.
Suas características são: aprofundamento nos sonhos e desejos, misticismo, sonoridades e cores (utilização dos símbolos, tornando assim, ambiguidade frequente) nos poemas, retorno da subjetividade, revaloriza os sonhos (característica advinda do Romantismo), e reage contra ao Realismo, Naturalismo e o Parnasianismo.
No Brasil, sua primeira evidencia foi em 1891, com Emiliano Perneta, mas seu surgimento foi com Cruz e Sousa, em 1893. Foi breve no Brasil, porém de grande importância, inclusive para o Modernismo. Mesmo não sendo muito valorizado, foi um movimento riquíssimo e de muito valor como se pode ser observado pela análise do historiador do Modernismo Mário da Silva Brito:
“Substituindo o Parnasianismo dos deuses olímpicos, da temática greco-romana, do ideal objetivo, descritivo, marmóreo e escultural, de tom nacional retórico, o Simbolismo, se, de um lado, não é tanto preocupado com a métrica, com a cesura, com as regras da composição rigidamente adstritas ao formalismo, invade os domínio subjetivos, elege a palavra nobre, a palavra imaculada de que falava Mallarmé, faz uma arte difícil, hermética, mística, aristocrática, preocupada com a música, a harmonia dos sons, uma arte penumbrenta que era acusada de não possuir nenhum senso