Simbolismo
Dísticas: dois versos
Terceto: Três versos
Quadra ou quarteto: quatro versos
Quintilha: cinco versos
Sexteto ou sextilha: seis versos
Sétima ou séptima: sete versos
Oitava: oito versos
Nona: nove versos
Décima: dez versos
Formas fixas:
Soneto: duas quadras e dois tercetos
Balada: três oitavas e uma quadra
Balada das damas dos tempos idos
François Villon
Dizei-me em que terra ou país
Está Flora, a bela romana;
Onde Arquipíada ou Taís, que foi sua prima germana;
Eco, a imitar na água que mana de rio ou lago, a voz que a aflora,
E de beleza sobre-humana?
Mas onde estais, neves de outrora?
E Heloísa, a mui sábia e infeliz
Pela qual foi enclausurado
Pedro Abelardo em São Denis, por seu amor sacrificado?
Onde, igualmente, a soberana
Que a Buridan mandou pôr fora
Num saco ao Sena arremessado?
Mas onde estais, neves de outrora?
Branca, a rainha, mãe de Luís
Que com voz divina cantava;
Berta Pé-Grande, Alix, Beatriz
E a que no Maine dominava;
E a boa lorena Joana,
Queimada em Ruão? Nossa Senhora!
Onde estão, Virgem soberana?
Mas onde estais, neves de outrora?
Príncipe, vede, o caso é urgente:
Onde estão elas, vede-o agora;
Que este refrão guardeis em mente:
Onde estão as neves de outrora?
Vilancete: um terceto e outros tipos de estrofe, à escolha do poeta
Vilancete
Jorge de Sena
No instante da partida há sempre uma demora não do tempo – da vida.
Na verdade, não chora quem sabe o espaço e o casto abraço dessa hora: instante só mas vasto e ausência concebida.
Se ninguém deixa rasto de verdade perdida, tenuemente se cora o escasso perfil gasto: não do tempo – da vida.
Rondó: apenas quadras, ou quadras combinadas com oitavas.
Rondó dos Cavalinhos
Manuel Bandeira
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora
E em minhalma — anoitecendo!
Os cavalinhos