SIM A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
O aborto é considerado um problema que afeta a saúde pública por dois motivos: há em quantidades que servem de alerta para o mundo todo e causam impacto na saúde da população. Se o aborto é crime não se tem controle, o número de abortos não diminui, mais mulheres morrem, mais pessoas são presas e o governo não pode fazer nada para mudar isso. Legalizar o aborto não é incentivar o aborto. Junto com a legalização, o Estado vai reforçar campanhas de educação sexual, direitos sexuais e reprodutivos, aumentar o acesso de mulheres e homens para os métodos contraceptivos, como também aos métodos de uma gravidez saudável. Abortar não é algo prazeroso, mas se alguma mulher precisar fazer, que ela não seja presa e tenha assistência para isso.
A legalização não defende que abortar é bom. Se você pensa que abortar é ruim, abortar na clandestinidade, ser presa ou até morrer é muito pior.
A criminalização do aborto é mais um instrumento de opressão aos direitos das mulheres, que a partir daí, por lei, não podem seguir sua vontade de continuar ou não uma gravidez.
Aos que são contra, exceto em caso de estupro: A criança deixa de ser inocente pelo pai dela ser um estuprador? Quando uma jovem aborta por fruto da irresponsabilidade dela e do parceiro, a ‘’criança’’ passa a ser a inocente, mas quando a criança é fruto de um estupro, ela passa a ser o quê? Deixa de ser uma vida? O estado obrigar a mulher a ter um filho, mas não dá condições para cria-lo. Muitas das que abortam ilegalmente sabem que não terão acesso a um serviço pré-natal de qualidade, não terão o direito de seis meses de licença maternidade e sabem também que será muito mais difícil conseguir um lugar como uma creche ou escola de qualidade para os filhos. Quem deve decidir o que vai fazer com o próprio corpo e com o que está fora ou dentro dele é a mulher e não um governo (que, como eu já disse, não dá condições pra criar o filho) ou a sociedade