Signos linguísticos
O poder da escuta do significante contribui para seu desenvolvimento no temo. A escrita, representando a fala, representa a linearidade no espaço.
A linearidade caracteriza as línguas naturais, em que ao produzirem os signos, dependem uns dos outros sucessivamente. Assim, explica-se que, um som tem que vir pós outro, tal qual a palavra, porém, em tempos diferentes.
A pintura, por exemplo, é uma linguagem que se apresenta simultaneamente, por exemplo no quadro, cujos significantes não são lineares.
Denotação e conotação
A linguagem permite trocas de significados, violações semânticas entre o animado e inanimado, o humano e o não humano etc.
“De repente, na altura, a manhã gargalhou, um bando de maitacas passava, tinindo guizos, partindo vidros, estralejando de rir” (Guimarães Rosa)
Em a manhã gargalhou, temos um sujeito inanimado acompanhado de um verbo que simboliza animação.
Signo, portanto, é um plano de expressão com um plano de conteúdo, exemplo: a denominação de olho é “globo colocado na parte anterior da cabeça e que serve de órgão da visão”, já gato é “pequeno mamífero carnívoro doméstico, da família dos felídeos”, esse é o exemplo de signo denotado, cujo plano de expressão é um signo. Para exemplificar signo conotado, usamos como exemplo olho-de-gato, “ chapinha colocada em postes, instalados ao longo das estradas de rodagem, que reflete luz dos faróis, para marcar os limites da estrada”. Para criar um signo conotado, é preciso que haja uma relação entre o significado que se acrescenta e o significado já presente no signo denotado. A relação entre estes é que assim como o indicador da margem da estrada, os olhos do gato também refletem luz.
Os principais mecanismos da conotação são a metáfora e a metonímia.
“Ó mar, porque não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?
(Castro Alves)
Apagas significa “eliminas”; esponja quer dizer “material usado para eliminar”; manto, significa,