Sigatoka Negra
ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CAMPUS APROXIMADO DE CAMPOS NOVOS – SC
FITOPATOLOGIA AGRÍCOLA
RAFAEL PERIN RODRIGO KUNDE
CAMPOS NOVOS – SC
MARÇO DE 2015
Sigatoka Negra
A Sigatoka Negra é a doença mais grave da cultura da banana, uma doença conhecida em todo mundo. Foi descrita pela primeira vez nas Ilhas Fiji, vale de Sigatoka no ano de 1963, onde ficou conhecida como estria negra. No ano de 1972 provocou epidemia no país de Honduras, seu ataque foi de maior agressividade. Já no ano de 1979 chegou à Costa Rica, país onde tem as melhores condições para sua proliferação.
No Brasil foi constatada em 1998 nos estados de Acre, Rondônia, Pará, Amapá e Mato Grosso. As regiões atingidas pela doença tiveram o imediato aumento de custo de produção para a cultura da banana, por conta de aplicações de fungicidas. Os sintomas são bastantes visíveis, as manchas produzidas predominam cor escura e tem concentração de lesões ao longo da nervura principal da folha. O agente causal da doença mais grave desta cultura é um fungo que foi descrito como Mycosphaerella fijiensis, e anos depois de estudos foi descoberto que Paracercospora fijiensis também é agente causador da doença. O estádio assexual se faz presente nos primeiros estádios da lesão na folha onde pode-se observar a presença de conidióforos, principalmente na parte inferior da folha. A fase sexual é considerada a mais importante na reprodução da doença em função do grande número de ascósporos que são produzidos nos peritécios. O vento é o principal agente de disseminação dos esporos, que são depositados principalmente nas folhas mais velhas da bananeira. A umidade também é importante para a doença, se as condições forem adequadas os esporos que foram depositados emitem o tubo germinativo, que vão chegar até os estômatos da folha para colonizar as células vizinhas,