Siderose
O termo siderose é utilizado para caracterizar a deposição de ferro nos tecidos vivos. Habitualmente, diz respeito à patologia que acomete os pulmões, resultante da inalação de partículas de ferro.
Foi descrita primeiramente por Doig e McLaughlin, no ano de 1936, em um soldador de arco elétrico. Esta patologia comumente acomete trabalhadores expostos a atividades extrativas de minério de ferro, produção de pigmentos naturais que contem óxidos de ferro em pisos e tintas, metalúrgicas, entre outras atividades similares.
Em certas atividades, existe a risco da inalação de outro agente lesivo além do ferro que, quando inalados em associação, resulta em uma lesão pulmonar mista, como é o caso da mineração de ferro, responsável por liberar óxido de ferro e sílica, causando a denominada siderossilicose.
Esta patologia normalmente não causa sintomas, sendo conhecida como “pneumoconiose benigna”, ou seja, é uma doença pulmonar causada pela inalação de partículas de poeira que não resulta em muitos problemas para os seus portadores.
Embora não se trata de uma patologia incomum, é pouco descrita na literatura brasileira.
O diagnóstico é alcançado por meio de uma detalhada investigação do histórico do paciente, juntamente com a presença de um infiltrado micronodular difuso bilateral em associação com pneumonia lobar.
A siderose pode ser evitada, mas habitualmente não é tratada. Como grande parte dos portadores de siderose não apresentando sintomas, o indivíduo continua exposto à inalação de poeira de óxido de ferro e nenhuma medida é tomada. Todavia, quando houver a presença de outras afecções pulmonares , como é o caso da silicose, pode ser necessária a realização de tratamento. Nos casos em que o indivíduo é acometido por ambas as afecções concomitantemente, o paciente necessita fazer lavagem pulmonar, utilizando juntamente corticosteróides ou outros medicamentos que auxiliam o paciente a respirar melhor.
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