Show de trumam
Ao ler o texto de Foucault “Foucault em três tempos: a subjetividade na arqueologia do saber” podemos fazer algumas analises entre o texto e o filme. Foucault fala em seu texto sobre uma forma de humanismo chamada de tecnocracia. Os tecnocratas seriam pessoas que imaginam que tem o poder e a competência para definir o que é a felicidade dos homens, o que seria bem comum e o jeito de realiza-la.
Aproveitando o texto, podemos comparar o personagem Christof com um tecnocrata, pois ele cria toda uma vida baseada em seu modo de pensar e no que ele acredita ser melhor para Truman, de uma forma que ele possa decidir e controlar todos os seus aspectos. Mas é através dos atores que vivem com ele nessa cidade fictícia que ele exerce o seu poder, pois são eles que manipulam na pratica o Truman, podemos afirmar então, assim como Foucault diz que existe a hipótese de que o poder esta disseminado por todas as partes do mundo social, em um meio complexo e heterogêneo de relações.
Em determinado momento do texto Foucault escreve que o poder exerce sobre cada individuo, do mesmo modo que é exerce sobre as massas, impondo a todos e a cada um de nós uma individualidade, uma identidade. No filme isso fica bem evidenciado, pois Cristof não exerce seu poder apenas sob Truman, mas também sobre milhões de pessoas ao redor do mundo que assistem seu programa o dia inteiro, sem ao menos se lembrar dos outros canais de televisão ou de outros programas, pessoas que são manipuladas também pelas ideias que são passadas através do show.
Foucault simplifica essa ideia falando que a individualidade está a cada dia mais sendo