Sexualidade infantil
Bom senso e maturidade para lidar com o tema
Já foi o tempo em que as perguntas das crianças sobre sexo ficavam sem respostas e que a demonstração de comportamento sexual era simplesmente censurada na família.
Hoje, lidar com a sexualidade infantil é inevitável. Perguntas, brincadeiras de descoberta sexual, masturbação, atitudes que aparentam homossexualidade etc estão cada vez mais presentes nas casas e nos colégios. O bombardeio de informações e de imagens de apelo sexual ajuda também a despertar a curiosidade da criançada e, muitas vezes, até antecipa o seu interesse natural sobre o assunto.
Entretanto, não há fórmulas especiais para lidar com as perguntas, com a curiosidade, às vezes exacerbada, ou com o comportamento mais “ligado” da meninada. A psicóloga Charbelle Jabbour diz que :“os meios mais eficientes são simples e conhecidos: conversa, naturalidade, disponibilidade para ouvir e responder, os “velhos” limites, recurso às vezes esquecido pelos adultos, e a presença dos pais na vida dos filhos, próxima ou mesmo a distância”.
O bom-senso e a maturidade é que precisam prevalecer e nortear a atitude dos pais . Charbelle lembra que o equilíbrio dos adultos é fundamental para lidar com o tema.
“Pais e educadores muito ansiosos ou com dificuldades em relação à própria sexualidade podem agir com preconceito ou, para parecer “modernos”, estimular uma sexualidade precoce, incentivando danças erotizadas e a imitação de ícones da midia”.
De um modo geral, as crianças perguntam com naturalidade, querendo saber mais sobre o que lhes chama a atenção no momento. Muitos pais se sentem desconfortáveis, mas procuram responder o melhor que podem, e ficam na dúvida se acertaram. A melhor resposta, assegura a psicóloga, é a mais simples, a mais direta, não a mais complexa; a mais próxima da realidade e das possibilidades de entendimento da criança. Assim dá espaço para que sejam formuladas novas perguntas, caso a