Sexta Parte Michels Pol Tica II
Cap III – Considerações Finais
“A prendre le terme dans la rigueur de l’acception, Il n’a jamais existe de véritable démocratie, et il n’en existera jamais. Il est contre l’ordre naturel que le plus grand nombre gouverne et que le petit soit gouverné” (J.J. Rousseau, Contrat Social).
(“Se tornarmos o termo em seu sentido rigoroso, nunca houve democracia real e nem nunca haverá. Ela é contra a ordem natural onde a maioria governa e poucos são governados”).
Todas as formas de vida social implica na existência de chefes. Desta forma, não há motivo para que a ciência estude se este fenômeno é um bem ou é um mal. Em contrapartida, existe um grande interesse em estabelecer que todo sistema de chefes é incompatível com os postulados, mas essenciais da democracia.
A lei da necessidade histórica da oligarquia funda-se numa série de fatos fornecidos pela experiência. Assim como todas as outras leis, as da sociologia decorrem da observação empírica. Entretanto, não basta reconhecer os fenômenos constatados empiricamente, deve-se investigar as causas determinantes.
Excluindo a tendência que os chefes tem de se organizar e coligar, excluindo, da mesma forma seu reconhecimento às massas imóveis e passivas, podemos concluir que a principal causa do fenômeno da oligarquia dentro dos partidos democráticos é simples: os chefes são indispensáveis.
O processo começou com a diferenciação das funções do partido e concluiu-se com as qualidades que os chefes adquiriram ao se separar das massas. A princípio, os chefes surgem de maneira espontânea exercendo as funções de chefe a título ‘acessório’ e gratuito e acabam por tornar-se chefes profissionais.
O autor defende que o fenômeno oligárquico que se produz deste modo, explica-se, em partes, psicologicamente: ‘decorre das transformações psíquicas que as diferentes personalidades do partido sofrem ao longo de sua vida’. Se explica também pelas necessidades de ordens táticas e