Setor sucroalcooleiro e qualidade de vida dos
Com significativa presença na economia brasileira, a cultura da cana-de-açúcar é importante para o país desde a sua colonização. Hoje, mais do que nunca, pode-se constatar a importância desta cultura para o crescimento econômico brasileiro, onde se aproveita absolutamente tudo. A cana de açúcar, de origem totalmente renovável, gera açúcar, álcool anidro (aditivo para a gasolina), álcool hidratado, além de possibilitar a geração de energia elétrica através da queima do bagaço e a produção de plástico biodegradável a partir do açúcar, o PHB (polihidroxibutirato) (ORTEGA, 2003).
O Brasil atualmente é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com uma colheita anual de aproximadamente 426 milhões de toneladas, na safra 2006/2007, segundo a União de Indústrias de Cana-de-Açúcar (ÚNICA, 2007).
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2005) estão regularmente cadastradas 387 (Trezentos e oitenta e sete) usinas de álcool e açúcar no país.
O setor de açúcar e álcool movimenta 6% do PIB e, segundo projeções da indústria sucroalcooleira, a produção deverá crescer 50% até 2010, tendo em vista as demandas internacionais e o crescimento da tecnologia de motores de combustível flexíveis (Jornal da USP, 2006).
Outro aspecto positivo segundo dados da USP (2006) é a sazonalidade do setor sucroalcooleiro. Na região Sudeste, a safra se estende de maio a novembro, período seco, ou seja, aquele onde ocorre a diminuição de oferta de energia gerada pelas usinas hidrelétricas . Dentre os aspectos negativos do setor, se destaca fator polêmico como a escravidão dos trabalhadores cortadores de cana-de-açúcar que se fundamenta no domínio angariado nas guerras, como na antiguidade, mas, sim, em fatores econômicos.
No mundo atual em que a globalização foi extremamente generosa ao distribuir mazelas e mesquinha ao compartilhar os benefícios como os empregos de boa qualidade para os menos favorecidos, a exploração do trabalho do homem em